Este
texto é para mostrar a você (e talvez para eu mesma) que se existe um problema, ele é nosso, mas não foi causado pela gente. A culpa não é sua!
Diploma
não é inútil. Estamos vivendo um período muito ruim na economia
brasileira, a crise, e para tentar restaurar a economia a ideia do atual governo foi cortar exatamente da parte da população que mais precisa de apoio.
Há
não muito tempo atrás, quando parte dos
brasileiros não conseguiam ingressar nas universidades, era um espaço restrito para determinadas
pessoas, o diploma era bom, dificilmente
se via matérias nos meios de comunicação colocando em dúvida a educação
superior, criticando os recém formados ou ainda duvidando da sua capacidade,
ao invés de se ocuparem analisar a falta de oportunidades.
Vejamos:
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD do IBGE) a taxa de desemprego é de 11,8% a maior desde 2012 e os mais atingidos são os jovens que ainda não tem muitas experiências profissionais compatíveis com suas qualificações. Com um levantamento realizado pelo site G1 com o Ministério do
Trabalho e Previdência Social até maio de 2016 o Brasil só criou vagas formais na indústria, pesca, agricultura e comércio com remuneração até 1 salário mínimo,
uma das piores médias de 2003 a 2014, onde concentravam empregos na faixa
salarial de até 1,5 salário mínimo.
Ser
formado em direito, medicina,
arquitetura... era incrível. Atualmente,
quando a população mais carente, através de ações afirmativas e sistemas
educacionais que tentam promover a igualdade, conseguiram entrar e “furar a
bolha” tão restritiva, o diploma perdeu
o valor? Em pesquisa publicada na quarta feira (16) de novembro deste ano,
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nível de escolarização dos pais influencia na ascensão profissional dos filhos. E
mais, ter diploma não é garantia de empregabilidade. Pelo menos é o que estamos assistindo.
Talvez, nunca tenha sido. Quando nós
resolvemos fazer faculdade/Universidade pensamos naquilo que gostamos, buscando uma realização pessoal e na ascensão profissional; crescer na vida.
Se
você faz/fez o ensino superior só para ter emprego, poderá se frustrar, primeiro que não entramos no mercado de
trabalho pela porta da frente ou sentamos na janela. O trabalho é árduo. E segundo, quando entramos na Universidade
conhecemos um mundo novo, repleto de
oportunidades, conhecemos diferentes
pessoas e temos que nos adaptar goste ou não. Quanto mais educação você tem,
mas direitos seus você vai conhecer, vai
exigi-los do governo e votar conscientemente. Você faz faculdade para garantir
o futuro dos seus filhos, mudar a
realidade do seu bairro, criar
alternativas para outras pessoas terem oportunidades que você teve.
Você
se torna independente de tudo.
Fazer
faculdade não é sinônimo de empregabilidade. Emprego é uma consequência é o que
nós almejamos para alcançar metas, colocar em prática nossas aptidões, alcançar
estabilidade financeira. O sinônimo de ensino superior é amadurecimento
intelectual somado a aprender uma ocupação além do trabalho braçal (segundo Elza Soares, é o que segura o Brasil nos braços).
E se
você acha isso pouco ou discorda completamente,
reflita.
No
demais, e não desistir e perseverar. A fila tem que andar.
Alguns links úteis:
- Portal G1 – Desemprego no Brasil
- Jornal Valor Econômico – IBGE: Apesar de cotas para negors, brancos ainda são a maioria nas universidades
- Jornal Carta capital – Matéria sobre a crise “A beira do precipício”
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Sala de imprensa
- Jornal Folha de São Paulo - Desemprego afeta os mais jovens
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